post

Notícias

O DIREITO DA CRIANÇA
Agnaldo P. Gomes
Uma palavra pastoral dirigida aos pais sobre o maior de todos os direitos da criança.
 

O DIREITO DA CRIANÇA

 “Deixem que as crianças venham a mim e não proíbam que elas façam isso, pois o Reino de Deus é das pessoas que são como estas crianças” (Marcos 10.14).

Era tarde da noite e chovia. Uma criança de 5 anos de idade decidiu que queria comer pastel. Dificilmente os pais encontrariam uma pastelaria aberta naquela hora, numa cidade do interior. Outras opções foram oferecidas, mas nada convencia o menino. Não houve negociação e a criança continuava a gritar, a rolar no chão e a derrubar tudo a sua volta. Os pais com muita preocupação e anseio de, mais uma vez, satisfazer o filho, saíram de carro a procura do tal quitute desejado. E lá se foram, com o “pequeno ditador” ainda aos prantos, mas já dando sinais de alívio a medida que circulavam em vão pelas ruas escuras e molhadas da cidade. Dez minutos depois ele já dormia em sono profundo, com ar de anjo e de satisfação. Ele vencera mais uma vez. Os pais sempre se dobravam aos seus caprichos.

Em outubro comemoramos o Dia da Criança. O volume de vendas geralmente é muito grande e o comércio celebra a data como uma das mais rentáveis, perdendo apenas para o Dia das Mães e Natal. Apesar de tudo, as birras continuarão e muitos pais ou avós se sentirão culpados por não poderem dar a seus filhos ou netos o presente que desejam, ou melhor, o que eles decidiram que vão ganhar.

Algo não vai bem nesta relação. Os pais estão se tornando reféns de seus filhos que, por sua vez, reivindicam “seus direitos” usando todas as armas possíveis. O alto custo da vida moderna exige que ambos os progenitores trabalhem fora roubando o tempo precioso de estar com os filhos. Como contrapartida, os pais estão tornando-se mais brandos, abdicando, assim, dos seus direitos e deveres. Acham que esse regime de “compensação” pode suprir aquilo que não têm conseguido dar. Desta forma instala-se um círculo vicioso que, no final, trará amargas e nefastas consequências.

Jesus também defendeu o “direito das crianças” quando ainda não havia Estatuto da Criança e do Adolescente e muito menos Conselho Tutelar. Ele se antecipou a isto e deixou bem claro que era direito dos pequeninos estar com o Mestre. Os discípulos não poderiam impedir que as crianças se aproximassem do Salvador e fossem por ele abençoadas.

Como pastor, me preocupo grandemente, pois, percebo que muitos pais estão tendo as mesmas atitudes daqueles discípulos. Por causa da correria, do cansaço, da limpeza da casa, do lazer, das reuniões familiares, do final de semana na chácara ou dos passeios aos shoppings centers, estão privando seus filhos de estar com Jesus. São crianças que têm de tudo, mas não estão crescendo com temor a Deus e nem amando-o acima de todas as coisas. Esse direito e legado precioso está sendo boicotado inconscientemente por pais que, no fundo, querem dar o melhor aos seus filhos. São pais que não levam a sério ordem de Jesus: ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coisas. (Mt 6.33).

Minha oração é que os pais acordem enquanto é tempo e priorizem a formação espiritual de seus filhos, educando-os conforme os princípios da Palavra de Deus. Peço, ainda, que cumpram o que prometeram no dia em que apresentaram ao Senhor, suas “joias preciosas”, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

 

Pastor Agnaldo P. Gomes

Gerente Administrativo de Bethel

Pastor da Quarta IPI de Sorocaba

Rua Professora Hortência Soares do Amaral, 387
Bairro Itanguá II • Sorocaba-SP • 18056-100
(15) 3327-8164
bethel@bethel.org.br
O que são FAQ, ou Perguntas Frequentes?
Sigla em inglês de Frequently Asked Questions (perguntas mais frequentes), que é um conjunto de perguntas e respostas sobre um tema.
Acesse nossa prestação de contas
Clique aqui e tenha acesso a todos os documentos de prestação de contas da Associação Bethel.
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.